🎩👔 Estilo de Jogo, Estilo de Vida: O Que o Look de um Técnico Revela Sobre Sua Personalidade?

Dois técnicos de futebol conversam à beira do gramado durante uma partida noturna. Um deles veste terno azul-marinho com camisa branca e gravata, representando um estilo clássico e formal. O outro técnico usa um agasalho esportivo roxo com detalhes em laranja, calça jogger preta e tênis, além de fones de ouvido pendurados no pescoço, demonstrando um visual mais casual e moderno. Ao fundo, é possível ver a torcida nas arquibancadas e o banco de reservas com outros membros da comissão técnica.

Mais do que tática: o técnico como ícone de estilo

Ele fica à beira do gramado, aponta, grita, orienta. Mas também desfila, sem querer — ou querendo muito. O técnico de futebol, por anos limitado à figura sisuda de paletó e prancheta, virou personagem principal do espetáculo. E não só pelas escolhas táticas ou entrevistas afiadas, mas também por aquilo que veste.

Se os jogadores têm liberdade para ousar nas chuteiras, cortes de cabelo e redes sociais, os técnicos encontraram no look de jogo um novo canal de expressão. E cada detalhe – do suéter preto à calça cargo, do blazer slim ao tênis hype – diz algo. Mais do que vaidade, a roupa vira discurso silencioso. Um storytelling de estilo que comunica postura, valores, e até a filosofia do time.

Aqui no PopGol, onde moda, futebol e cultura pop jogam no mesmo time, a gente adora analisar além do óbvio. Por isso, neste artigo, vamos observar com carinho (e um toque fashionista) os estilos que habitam as laterais dos campos: o all black de quem pensa o jogo como um tabuleiro, o streetwear de quem quer driblar rótulos, o look despojado de quem prega autenticidade acima de tudo.

Porque, no fim das contas, estilo é tática. E o banco de reservas, meu bem, também é passarela.

O All Black Minimalista – Controle, elegância e mentalidade tática

Tem técnico que não precisa de grito. Um olhar firme, um gesto contido e… um look monocromático. Entre os estilos mais marcantes à beira do gramado, o all black minimalista reina absoluto entre os estrategistas que preferem falar com atitudes — e com roupas que dizem muito sem dizer nada.

O exemplo mais emblemático? Pep Guardiola. O treinador espanhol, conhecido por seu futebol cerebral, inovador e obsessivamente detalhista, é praticamente um ícone do normcore de luxo. Suas aparições com suéter preto ajustado, calça social reta e tênis discretos (quase sempre da linha premium da Puma®, patrocinadora do Manchester City) já viraram referência fashion — ao ponto de revistas como GQ e Esquire o colocarem em rankings de “técnicos mais estilosos do futebol moderno”.

Esse visual sóbrio, que parece simples à primeira vista, carrega uma mensagem clara: foco total no jogo. Nada de distrações. A elegância limpa e sem excessos comunica domínio, concentração e uma certa frieza calculada — que casa perfeitamente com a forma como Guardiola lê o futebol: como um xadrez em alta velocidade.

Outros nomes seguem essa mesma linha, como Carlo Ancelotti, com seus ternos escuros e casacos bem cortados, ou Xabi Alonso, que vem encantando tanto com seu Bayer Leverkusen invicto quanto com seu guarda-roupa de tons neutros, cortes precisos e postura que parece saída direto de um catálogo da COS®.

É um estilo que diz: “Sou sofisticado, mas não espalhafatoso. Eu comando — e nem preciso levantar a voz.” E essa escolha estética não é só vaidade: ela reforça a narrativa de controle absoluto, de quem pensa o futebol como arte, mas com régua e compasso.

No fim das contas, o all black dos técnicos é como um uniforme não oficial da elite da prancheta: atemporal, eficaz e sempre no ponto. Porque às vezes, o preto no branco… é tudo preto mesmo — e com muito propósito.

O Streetwear de Responsa – Juventude, ousadia e linguagem das redes

Se a prancheta hoje cabe no tablet, o look de técnico também foi atualizado. Sai o terno engomado, entra o streetwear inteligente: aquele visual despojado com toque fashionista, que mistura tênis hypado, calças ajustadas, camisetas bem cortadas e, às vezes, até uma jaqueta oversized. A mensagem é clara: o técnico também é cultura pop.

Um dos principais representantes desse estilo é Fernando Diniz, que costuma desfilar nas áreas técnicas com peças casuais, confortáveis e sempre conectadas ao seu jeito de pensar o jogo. Nada rígido demais, nada muito engessado — assim como seu futebol de posse fluida e movimentação constante. O visual acompanha a ideia: leveza, liberdade e presença.

Outro nome que vem ganhando holofotes (e curtidas fashionistas) é Xabi Alonso. Sim, ele aparece aqui de novo, porque transita lindamente entre o minimalismo sóbrio e o streetwear sofisticado. Camisetas slim, tênis discretos, cortes modernos. Ele é o tipo de técnico que parece ter saído direto de um editorial da Zara® Studio. Jovem, elegante e conectado — tanto com os jogadores quanto com o Instagram.

Vincent Kompany, no comando do Burnley, mistura o urbano com o esportivo, apostando em hoodies, sneakers e peças que parecem saídas da vitrine da Foot Locker®. Ex-zagueiro e líder nato, ele mantém no estilo o mesmo equilíbrio que tinha em campo: força com classe.

Esse novo dresscode da beira do gramado é reflexo de uma geração de técnicos que cresceu ouvindo hip-hop, consumindo cultura digital e se comunicando com os atletas de igual pra igual. E não é coincidência que a maioria deles tenha bom engajamento nas redes sociais — afinal, o look certo na câmera lateral vira post, viral, meme, e às vezes até tendência.

No fim, o streetwear na área técnica não é só sobre estilo. É sobre linguagem. É sobre pertencer a um tempo em que futebol, moda e juventude estão mais misturados do que nunca. E esses técnicos sabem: quem se veste bem, passa a mensagem antes mesmo do apito inicial.

O Look Clássico de Terno – Hierarquia, tradição e comando

Tem técnico que não entra em campo, mas faz questão de vestir a vitória. E o uniforme? Um terno bem cortado, quase sempre escuro, às vezes com colete ou gravata — o visual clássico que impõe respeito antes mesmo do time aquecer.

É o estilo de quem ainda vê o futebol como ritual. De quem acredita que estar à beira do gramado é como entrar em cena. E que, como num grande teatro, a roupa comunica liderança, seriedade e autoridade.

Um dos maiores símbolos desse estilo é José Mourinho. O português, conhecido tanto por suas conquistas quanto por suas frases afiadas, é adepto do look elegante e contido — blazer escuro, camisa neutra e aquela postura de CEO do futebol europeu. Em 2020, chegou a estampar a capa da GQ Portugal, onde disse: “Me visto para ser ouvido sem falar”. E a gente acredita.

Outro técnico que leva o dresscode a sério é Didier Deschamps, campeão do mundo com a França em 2018. Com seus ternos ajustados e sapatos discretos, ele representa a escola da elegância técnica: tudo no lugar, visual sem excessos, mas com peso simbólico de quem comanda uma seleção inteira.

Esse estilo também aparece (com sotaques locais) em figuras como Luis Enrique, que aposta num visual alinhado, com blazers esportivos e peças que equilibram o formal com o funcional. A ideia é sempre a mesma: mostrar controle e profissionalismo, mantendo uma imagem polida que remete à tradição e à disciplina do futebol europeu.

No Brasil, esse estilo é mais raro — talvez pelo calor, talvez pela cultura mais informal. Mas quando aparece, geralmente vem em jogos grandes, decisões ou apresentações oficiais. Porque o terno, no futebol, ainda carrega aquele simbolismo antigo de “estamos em guerra, e eu sou o general”.

Mas nem por isso o visual clássico é antiquado. Pelo contrário: quando bem usado, ele transforma o técnico em ícone visual. Alguém que, mesmo sem chuteiras, está jogando alto — e deixando claro que ali, quem dita o ritmo… também sabe fechar um look com precisão tática.

O Estilo Relaxado e “Nem Aí” — Autenticidade ou despreocupação?

Enquanto alguns técnicos parecem ter saído direto de um editorial de moda, outros preferem manter o visual mais casual, sem firulas — mas isso não significa ausência de estilo. Pelo contrário: o look “relaxado” também comunica, e muito. Seja por praticidade, identidade ou estratégia, há quem transforme o básico em assinatura.

Um exemplo é Abel Ferreira, técnico do Palmeiras. Seu uniforme de guerra é quase sempre o mesmo: agasalho oficial do clube, camiseta polo esportiva, calça jogger e tênis confortável. O visual é 100% funcional, mas nunca desleixado. E isso diz muito sobre ele: um profissional metódico, exigente e que coloca o foco total no trabalho. Seu estilo transmite intensidade, coerência e preparo — é como se dissesse “estou aqui para treinar, vencer e seguir”.

A estética de Abel dialoga com a ideia de eficiência silenciosa: ele não está ali para performar elegância, mas para entregar resultado. E quando o time vence (como venceu quase tudo nos últimos anos), o visual esportivo vira parte da imagem vitoriosa. O moletom virou manto. O tênis virou símbolo de autoridade.

Já no extremo oposto, temos figuras como Renato Gaúcho, que abraça o despojamento como estilo de vida. Camisa polo aberta, jeans justinho e aquele jeitão de quem vai resolver a partida no papo. É um visual espontâneo, que não pede licença — e justamente por isso é tão marcante. Renato veste a irreverência que o acompanha desde os tempos de jogador, com uma pitada de autoconfiança que só ele sabe dosar.

E há ainda os técnicos como Jorge Sampaoli, que vestem como pensam: de forma intensa e fora do padrão. Camisetas justas, calças pretas, acessórios pontuais. Seu visual rock’n’roll transmite rebeldia e ruptura — um reflexo claro da forma como ele enxerga o futebol.

No fim, o que une esses estilos “relaxados” é justamente a coerência entre forma e conteúdo. Eles não seguem tendências, mas seguem seus próprios códigos — seja em moletom ou jeans apertado. E isso, no mundo do futebol (e da moda), também é uma declaração de autenticidade. Porque vestir-se como se sente é, sim, uma forma de liderança.

Estilo Como Tática de Imagem — A moda como discurso não verbal

Num universo onde cada detalhe é analisado por milhões de olhos — do posicionamento tático à reação após o apito final — a aparência também vira parte do jogo. E, para os técnicos de futebol, o que se veste à beira do gramado não é só uma questão de gosto. Muitas vezes, é estratégia de comunicação, imagem construída com intenção, ou até branding pessoal.

Alguns treinadores entendem esse jogo visual com maestria. Pep Guardiola, por exemplo, já revelou em entrevistas que se preocupa com o que veste nos jogos, especialmente em partidas grandes. Seu all black bem ajustado, os suéteres minimalistas, os sneakers discretos… tudo reforça sua imagem de técnico sofisticado, moderno, cerebral. Nada ali é por acaso — ele sabe que a roupa também fala.

José Mourinho, com seus blazers de corte preciso e postura quase cinematográfica, construiu um personagem midiático que vai além da tática. Sua imagem foi sendo moldada para transmitir poder, controle e uma certa aura de “patrão do jogo”. Até o jeito de caminhar no gramado virou meme — e, mais do que isso, marca registrada.

Outros, como Abel Ferreira, usam a simplicidade com propósito. O moletom com o escudo do clube, a calça esportiva combinando com a chuteira de treino, a camiseta com frases do próprio técnico estampadas — tudo ajuda a reforçar o perfil de líder intenso, disciplinado e comprometido com o coletivo. Seu estilo é discreto, mas comunica tanto quanto um terno de alfaiataria.

E há ainda os que, mesmo sem assessoria de imagem ou stylist, acabam criando uma estética própria. Às vezes pelo hábito, às vezes pela intuição. E isso vale tanto para os looks urbanos de Xabi Alonso quanto para a irreverência visual de Jorge Sampaoli ou o visual de “estou à vontade em qualquer lugar” de Fernando Diniz.

A verdade é que, no futebol moderno, a beira do campo virou uma vitrine. A roupa do técnico não substitui a prancheta — mas pode potencializar a mensagem. Pode reforçar autoridade, inspirar os jogadores, se conectar com a torcida e até gerar manchetes.

Porque estilo, no fim das contas, também é narrativa. E um técnico que entende isso, entende que o jogo não começa no apito inicial — começa no espelho.

Da prancheta ao espelho: o técnico como personagem pop

Na beira do campo, não tem mais espaço só pra tática. O futebol contemporâneo transformou o técnico em um personagem multifacetado: líder, estrategista, comunicador — e, por que não, ícone de estilo. O que antes era visto apenas como vestimenta funcional, hoje virou discurso visual, branding pessoal e até reflexo de filosofia de jogo.

Do all black de Guardiola à casualidade firme de Abel Ferreira, do streetwear moderno de Xabi Alonso à irreverência estética de Sampaoli, cada técnico constrói — consciente ou não — uma narrativa visual que complementa sua atuação profissional. O look não substitui o plano de jogo, mas ajuda a moldar a forma como ele é percebido. No futebol de 2025, imagem também é identidade.

E aqui no PopGol, onde o esporte cruza com a cultura pop e a expressão pessoal vale tanto quanto um bom passe, a gente celebra essa diversidade de estilos. Porque cada técnico é, também, um storyteller — e às vezes, a história começa no figurino.

No fim, não importa se o treinador veste moletom, terno italiano ou camiseta de treino. O que importa é que ele esteja, à sua maneira, vestindo a própria verdade. E isso, meu bem, é o maior golaço de todos.

Felipe

Eu sou o Felipe, palmeirense, apaixonado por futebol e criador do PopGol. Através deste blog, quero mostrar que o futebol é para todos, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero. No PopGol, compartilho minha paixão pelo esporte de uma forma que celebra a diversidade e promove o respeito à comunidade LGBTQIA+. Aqui, o jogo é mais que uma partida: é um espaço de inclusão, liberdade e muita diversão, onde cada gol é uma vitória do respeito.

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