Do Campo ao Closet das Celebridades: Quando as Divas Pop Usam Moda Futebolística

Modelo com cabelo rosa e camisa de futebol com estampa arco-íris desfila sobre o gramado de um estádio, cercada por personagens inspiradas em divas pop e bandeiras LGBTQIA+, em uma fusão entre passarela, futebol e cultura queer.

⚽ Camisa 10 da Tendência: A Estética Futebolística no Universo Pop

Se antes o uniforme de futebol era sinônimo de arquibancada e torcida organizada, hoje ele ocupa um lugar de destaque nos closets mais estilosos do mundo pop. Camisas oversized, meias altas, shorts com modelagem retrô e até chuteiras customizadas invadiram as passarelas, os palcos e as ruas — provando que o visual esportivo deixou de ser apenas funcional e virou fashion statement.

A estética futebolística, marcada por linhas geométricas, escudos, números e tecidos tecnológicos, encontrou na moda urbana e no streetwear o ambiente perfeito para florescer. Marcas como Off-White®, Balenciaga®, Vetements® e Martine Rose — essa última, inclusive, assinando peças para a seleção masculina da Inglaterra na Copa do Mundo de 2022 — incorporaram referências explícitas ao futebol em suas coleções. A tendência se fortaleceu ainda mais com o boom dos “terceiros uniformes”, que apostam em cores ousadas e design conceitual, quebrando com a tradição e atraindo olhares fashionistas.

Mas não é de hoje que o futebol dita moda. Desde os anos 90, com o crescimento das culturas rave, hip-hop e esportiva nas periferias europeias, as camisas de times passaram a circular fora do ambiente esportivo. Grupos como Oasis usavam camisas do Manchester City como símbolo de identidade cultural, enquanto o rap francês popularizou camisas do PSG nos videoclipes.

Hoje, essa herança encontra eco nas redes sociais. No TikTok e no Instagram, jovens criam looks criativos com camisas retrô de clubes, acessórios esportivos e até uniformes completos estilizados para festas, festivais e ensaios fotográficos. E o mais interessante? O futebol virou linguagem estética — não importa se você é fã do jogo ou só do look. A camisa da seleção pode vir acompanhada de glitter, salto alto e delineado gráfico, e ainda assim ser um golaço fashion.

O campo virou passarela. E nessa tendência, todo mundo pode vestir a 10.

👑 Quando as Estrelas Entram em Campo: Divas Pop e Seus Looks com Pegada Futebol

Se tem algo que as divas pop sabem fazer é transformar qualquer peça em ícone. E quando o assunto é moda futebolística, não faltam exemplos de estrelas que vestiram a camisa — literalmente — e levaram o visual dos gramados para os holofotes do entretenimento.

Rihanna, por exemplo, é uma verdadeira camisa 10 da tendência. A cantora de Barbados já foi flagrada diversas vezes usando camisas de clubes como Arsenal, Napoli e até Manchester United, combinando os uniformes com jeans, salto alto e joias — provando que a camisa de futebol pode ser tão glamourosa quanto um vestido de gala, dependendo de quem usa (e como usa). Em 2014, ela viralizou ao aparecer com o uniforme do Brasil durante a Copa do Mundo, celebrando com a torcida em pleno Maracanã. A imagem correu o mundo e virou referência de estilo e representatividade no esporte.

Shakira, além de entoar os hinos mais memoráveis das Copas (como “Waka Waka” e “La La La”), sempre incorporou elementos da estética esportiva em seus figurinos e clipes. Em apresentações e ensaios fotográficos, ela já usou peças inspiradas em uniformes, chuteiras estilizadas e até maquiagem com as cores das bandeiras. Em 2010, seu figurino para o encerramento da Copa do Mundo na África do Sul misturava tribalismo e vibração esportiva — e até hoje influencia coleções temáticas de marcas esportivas.

Falando em influência, Rosalía levou a fusão entre pop e futebol a outro patamar com a edição limitada da camisa do Barcelona, lançada em 2023 em parceria com o Spotify — principal patrocinador do clube catalão. A camisa estampava o logo do álbum “Motomami” da cantora e esgotou em poucas horas, transformando um item de merchandising em peça de colecionador. A ação não só aproximou o clube de um novo público, como firmou Rosalía como uma força de estilo que ultrapassa fronteiras culturais.

Outra diva que não ficou de fora foi Beyoncé. Embora menos frequente nas aparições esportivas, ela surpreendeu em 2016 com um look de ensaio para a Formation Tour que incluía uma chuteira de cano alto customizada com cristais, criada especialmente pela estilista de figurino de sua equipe. A peça, embora não seja um uniforme oficial, foi inspirada em modelos da Nike e marcou um momento simbólico de como o futebol também influencia a estética do palco.

Esses exemplos não são aleatórios: revelam como o visual futebolístico se tornou ferramenta de expressão para artistas que dominam a linguagem da moda e da cultura pop. Quando uma diva pop veste uma camisa de clube ou recria o visual de jogadora em um editorial, ela não está apenas lançando tendência — está atribuindo novas camadas de significado a uma peça carregada de história, identidade e paixão coletiva.

No PopGol, a gente sempre diz: se a camisa tem escudo, gola e números, já nasceu pronta pra ser hit no tapete vermelho.

💅 Dos Estádios para o Palco: Parcerias que Mudaram o Jogo

Se antes eram apenas fornecedores esportivos, hoje as grandes marcas se tornaram estilistas dos sonhos — criando coleções que conectam o universo do futebol ao glamour das passarelas e aos palcos das divas pop. A indústria percebeu que o uniforme não é só para o campo: é para o show, o feed e até o desfile de moda.

Um dos cases mais marcantes é a colaboração entre o Paris Saint-Germain e a Jordan Brand®, divisão da Nike® voltada ao streetwear e ao legado de Michael Jordan. Lançada em 2018, a parceria trouxe uniformes e peças casuais que misturavam a estética do basquete com o luxo europeu. O sucesso foi tão grande que, já no primeiro ano, os produtos esgotaram em diversas partes do mundo. Camisas do PSG passaram a ser vistas em clipes, eventos e até nos looks de artistas como Drake, Justin Timberlake, J Balvin e, claro, Beyoncé, que posou com peças da coleção em registros nas redes sociais. A campanha também virou febre entre fãs de moda urbana — e catapultou o PSG ao status de label internacional.

Outro momento de fusão pop-fashion-futebol aconteceu em 2019, quando a Juventus lançou uma coleção em parceria com a marca inglesa de streetwear Palace Skateboards®. As camisas de jogo tinham um design ousado, com cores vibrantes e cortes diferentes dos modelos tradicionais. A ação teve impacto imediato nas redes sociais e consolidou o clube de Turim como uma potência cultural fora das quatro linhas.

E não dá para ignorar a influência da Dior®, que desde 2021 assina os trajes formais dos jogadores do PSG, sob direção criativa de Kim Jones. A escolha por ternos sob medida com cortes modernos e tecidos de alta performance mostra como os clubes estão se posicionando como vitrines de luxo — e não só no sentido financeiro.

Esse tipo de colaboração também chegou ao universo das divas pop. Em 2023, o Barcelona e o Spotify, patrocinador máster do clube, lançaram camisas comemorativas com o logo do álbum Motomami, da cantora Rosalía. O modelo foi usado pelo time masculino no clássico contra o Real Madrid e também pelo time feminino, e a ação foi considerada uma das maiores ativações de marketing do futebol europeu naquele ano. O impacto? A camisa esgotou em poucas horas e foi vendida por preços altíssimos em sites de revenda.

Essas parcerias não são só sobre estilo: são estratégias que conectam torcedores, fãs de moda e amantes da música em um mesmo campo de imaginação. Quando uma camisa carrega o nome de uma artista, ela também carrega seu discurso, sua estética e seu público.

No PopGol, a gente chama isso de hat-trick cultural: uma jogada de mestre entre o esporte, a moda e o pop — com direito a golaço fashion no final.

🏳️‍🌈 Pop, Futebol e Identidade: O Poder da Representatividade nos Looks

Muito além do estilo, a moda futebolística também se tornou um território de afirmação — principalmente quando usada por vozes que carregam bandeiras de diversidade, representatividade e resistência. Quando divas pop e artistas LGBTQIA+ incorporam elementos do futebol em seus looks, não estão apenas “surfando numa tendência”: estão subvertendo um espaço historicamente masculino e conservador para ressignificá-lo como símbolo de identidade e pertencimento.

Pabllo Vittar, por exemplo, é uma das artistas brasileiras que mais misturam estética esportiva com cultura queer. Em clipes, shows e ensaios, ela já apareceu usando camisas de futebol, tops com listras inspiradas em uniformes e até chuteiras adaptadas para o palco. A cantora também usou a camisa da seleção brasileira em apresentações internacionais como forma de protesto e ocupação simbólica — transformando o uniforme da seleção, por vezes associado a discursos conservadores, em um símbolo de orgulho LGBTQIA+.

Outro exemplo forte vem de Lady Gaga, que em 2021 apareceu com uma jaqueta inspirada em uniformes retrô de futebol americano durante sua performance na posse de Joe Biden. Embora não fosse uma camisa de futebol convencional, o visual tinha referências diretas à moda esportiva e reforçava sua proposta de quebrar paradigmas e ocupar espaços tradicionalmente masculinos com extravagância e autenticidade.

Megan Rapinoe, campeã mundial com a seleção dos EUA e ícone LGBTQIA+ no esporte, também usou a moda como ferramenta política. Em ensaios para a Vogue e campanhas para a Nike®, ela apareceu com peças inspiradas no futebol, combinadas a ternos oversized e maquiagem andrógina — mostrando que ser atleta não precisa estar dissociado de expressão estética ou ativismo.

Clubes também passaram a usar o uniforme como plataforma de inclusão. Vasco da Gama, Corinthians e PSG já lançaram camisas com elementos da bandeira arco-íris em ações específicas, como o Mês do Orgulho LGBTQIA+. Mesmo que nem sempre essas peças estejam disponíveis como uniformes oficiais de jogo, elas circulam amplamente nas redes, editoriais de moda e nos corpos de influenciadores queer que ressignificam o futebol com seus próprios códigos visuais.

Esse movimento não é apenas simbólico — ele tem impacto direto na forma como jovens LGBTQIA+ se relacionam com o esporte. Ver suas referências usando elementos futebolísticos ajuda a romper com a ideia de que “camisa de time não é pra gente”. Ao contrário: a camisa pode ser crop top, pode vir com glitter, pode ter babado ou ser usada por cima de um vestido. A regra é uma só: você veste o que te representa.

No PopGol, a gente acredita que futebol e moda não têm gênero — têm atitude. E se a diva pop vestiu a camisa, é porque ela entendeu que, nesse jogo, representatividade também vale gol.

📱 Virais e Estilo: O TikTok Como Vitrine do Futebol Fashion

Se o futebol já tinha seu brilho próprio, o TikTok veio para jogar ainda mais glitter nesse espetáculo. A rede social virou palco oficial de tendências, e isso inclui — com força total — a moda futebolística. Camisas retrô, uniformes customizados, chuteiras estilizadas e acessórios que antes só circulavam nos estádios agora dominam os feeds dos criadores de conteúdo mais fashionistas da internet.

A estética “futebol-core” ganhou força especialmente entre o público jovem e queer, que adaptou as peças esportivas ao visual de rua e às coreografias virais. No TikTok, vídeos com hashtags como #soccerstyle, #footballfashion e #futebolfashion acumulam milhões de visualizações, com combinações criativas que vão desde a clássica camisa oversized com saia plissada até produções inteiras com chuteiras e maquiagens temáticas. A mensagem é clara: no jogo do estilo, todo mundo pode entrar em campo.

Celebridades e influenciadores também ajudaram a impulsionar essa tendência. Vini Jr., por exemplo, viralizou com suas dancinhas de comemoração inspiradas em hits do TikTok, o que influenciou torcedores e jovens criadores a reproduzirem os passos usando camisas de clubes. Já Neymar, sempre conectado à cultura pop, apareceu em vídeos ao som de reggaeton e funk com looks esportivos assinados por marcas de luxo — unindo o mundo das trends ao do alto desempenho esportivo.

Do lado das celebridades pop, o impacto também é real. A cantora Rosalía, ícone de estilo e presença constante nas redes sociais, não só emprestou seu álbum Motomami para estampar a camisa do Barcelona, como também ajudou a transformar a peça em item fashion nas redes — com milhares de vídeos recriando looks inspirados nela com a camisa do clube.

Além disso, marcas e clubes passaram a entender o potencial do TikTok como vitrine fashion. Clubes como PSG, Manchester City e até o Flamengo mantêm perfis ativos na plataforma, onde apresentam uniformes em desafios de dança, transições de maquiagem e edits criativos, com trilhas virais e linguagem jovem. O lançamento de uniformes virou quase um drop de coleção cápsula, com direito a teaser, styling e divulgação pensada para viralizar.

O TikTok não apenas ditou o ritmo das comemorações em campo, mas também transformou o uniforme em peça de expressão cultural. E quando o torcedor ou torcedora LGBTQIA+ veste uma camisa e grava um get ready with me ao som de Anitta ou Lady Gaga, ele não está só montando um look: está ocupando um espaço que, por muito tempo, lhe foi negado — e fazendo isso com muito estilo.

No PopGol, a gente bate palmas (e dá play de novo) pra quem entende que uma camisa de time pode ser tanto protesto quanto passarela. Porque, no fim das contas, o futebol virou trend — e essa trend a gente quer ver no For You e nas ruas.

✨ Uma Partida Sem Fim Entre Moda e Pop

O que começou como uniforme virou manifesto. A camisa de futebol, que por décadas esteve associada ao estereótipo masculino, cis e hétero das arquibancadas, hoje brilha nos palcos, passarelas e feeds — ocupada por divas pop, artistas queer e torcedores que não têm medo de jogar com estilo. O visual esportivo não só foi apropriado, como foi reinventado para expressar identidade, orgulho e pertencimento.

De Rihanna a Rosalía, passando por Pabllo Vittar, Lady Gaga e Megan Rapinoe, o que se vê é uma nova escalação do futebol fashion. São ícones que misturam paixão com propósito, vestindo o esporte com lente artística e política. Cada camisa usada, cada chuteira estilizada, cada look inspirado nos gramados é um recado: esse jogo também é nosso.

As colaborações entre clubes e marcas de moda, os lançamentos pensados para viralizar, as ações que estampam causas sociais nos uniformes… tudo isso prova que o futebol virou cultura de massa — e a moda é o uniforme dessa transformação. Se o PSG pode desfilar Dior® e o Barcelona pode estampar um álbum da Rosalía, quem disse que o futebol precisa escolher entre performance e estilo?

Aqui no PopGol, a gente acredita que toda vez que uma diva pop veste a camisa, uma nova geração entende que futebol também pode ser pop, queer, diverso, elegante, ousado — e tudo isso ao mesmo tempo. Porque, no fim das contas, o que vale é o brilho com que se entra em campo. Seja com chuteira, seja com salto alto. Seja com glitter no rosto, seja com suor no corpo.

O apito final ainda está longe. A moda segue em campo. E o placar? Continua empatado entre estilo e atitude — do jeitinho que a gente ama. 💅⚽🌈

Felipe

Eu sou o Felipe, palmeirense, apaixonado por futebol e criador do PopGol. Através deste blog, quero mostrar que o futebol é para todos, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero. No PopGol, compartilho minha paixão pelo esporte de uma forma que celebra a diversidade e promove o respeito à comunidade LGBTQIA+. Aqui, o jogo é mais que uma partida: é um espaço de inclusão, liberdade e muita diversão, onde cada gol é uma vitória do respeito.

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