De torcedor a dirigente: como a comunidade LGBTQIA+ está ocupando cargos de poder no futebol
Por muito tempo, sonhar com um futebol verdadeiramente diverso parecia utopia. Enquanto nas arquibancadas a paixão falava mais alto que qualquer rótulo, nos bastidores, a história era outra. O esporte mais popular do mundo sempre teve uma estrutura rígida, onde a heteronormatividade dominava os cargos de liderança, e a presença LGBTQIA+ nos escritórios, salas de decisão e comitês executivos era quase inexistente.
Mas como dizem as grandes divas do pop: “o jogo virou, queridinha!” E não foi por sorte. Foi por luta, persistência e muito drible em cima do preconceito. Hoje, a presença de profissionais LGBTQIA+ no comando do futebol é uma realidade crescente, impulsionada pelo avanço das discussões sobre diversidade e inclusão dentro e fora do esporte.
Se antes a única forma de pertencimento da comunidade LGBTQIA+ ao futebol era como torcedor (e, mesmo assim, muitas vezes silenciado diante de cânticos homofóbicos e piadas de arquibancada), agora há espaço para que pessoas abertamente LGBTQIA+ ocupem cargos estratégicos dentro dos clubes, federações e entidades esportivas. O grito que ecoava das arquibancadas está, finalmente, sendo ouvido dentro das salas de decisão.
Mas essa mudança não veio sem desafios. A resistência ainda existe, e os avanços que vemos hoje são fruto do trabalho de pessoas corajosas que abriram caminho para que o futebol seja, de fato, um esporte para todes. Quem são essas figuras? Como elas conseguiram furar esse bloqueio? E quais clubes e instituições entenderam que a diversidade não é só um discurso bonito, mas uma estratégia fundamental para um futebol mais inovador e democrático?
O jogo da representatividade ainda está no primeiro tempo, mas a vitória já começou a ser construída. Afinal, o futebol sempre foi um espetáculo – e agora está ficando cada vez mais colorido.
Quando O Armário Era a Regra
Se hoje ainda existem barreiras para pessoas LGBTQIA+ nos bastidores do futebol, imagine décadas atrás. O esporte, que sempre vendeu a ideia de ser “para todos”, na prática, impôs um código não escrito: futebol era coisa de homem cis, hétero e machão. Para quem não se encaixava nesse perfil, a única opção era o silêncio – ou o exílio.
Durante anos, ser LGBTQIA+ dentro do futebol significava jogar um campeonato de sobrevivência. Jogadores, treinadores, dirigentes e até jornalistas precisavam manter suas identidades escondidas para evitar represálias. Nos gramados, esse apagamento já era visível, mas nos cargos de liderança era ainda pior: o armário era praticamente obrigatório.
Dirigentes LGBTQIA+? Nem pensar. O futebol sempre foi gerido por homens brancos, heterossexuais e pertencentes a uma elite econômica e cultural. Clubes e federações formavam um clube exclusivo, onde qualquer sinal de diversidade era tratado como “ameaça”. O medo de perder patrocínios, de ser ridicularizado ou até de sofrer represálias diretas mantinha muitos profissionais no silêncio.
A pressão era real e cruel. Quem tentava sair desse padrão enfrentava boicotes e desconfiança. O preconceito não precisava ser explícito – ele se manifestava nas entrelinhas: “Será que essa pessoa tem pulso firme para comandar um clube?”, “Será que os jogadores vão respeitá-lo?”, “E os torcedores? Como vão reagir?”.
E não pense que esse cenário ficou no passado. Mesmo com avanços e um maior debate sobre diversidade, ainda há uma cultura do futebol que hesita em aceitar que a comunidade LGBTQIA+ pode – e deve – ocupar cargos de comando. Mas, como toda história de superação, os primeiros a desafiar essa regra abriram caminho para que a mudança começasse a acontecer.
Nos últimos anos, figuras LGBTQIA+ começaram a furar essa bolha e provar que futebol se faz com estratégia, liderança e competência – e não com identidade de gênero ou orientação sexual. E a resistência? Ah, ela ainda existe. Mas se tem algo que a comunidade LGBTQIA+ sabe bem, é como driblar obstáculos e seguir em frente.
Se antes o armário era a regra, agora ele está sendo chutado para escanteio. E no futebol moderno, quem não se atualiza, fica para trás.
Os Primeiros Dribles na Exclusão
Se há algo que o futebol nos ensina, é que toda virada começa com um passe ousado. No caso da inclusão LGBTQIA+ nos cargos de poder do esporte, não foi diferente. Algumas pessoas corajosas desafiaram o sistema, driblaram preconceitos e entraram em campo mesmo sabendo que o futebol não era exatamente um terreno acolhedor.
Os primeiros dirigentes, árbitros e jogadores LGBTQIA+ que ousaram ocupar esses espaços enfrentaram um ambiente onde as regras não escritas da exclusão estavam bem estabelecidas. O desafio não era apenas conquistar respeito em um esporte historicamente machista e homofóbico, mas também romper o mito de que liderança e diversidade não podem andar juntas.
Mas, como a vida e o futebol ensinam, quem não arrisca, não petisca. Vamos conhecer algumas dessas figuras que deram o pontapé inicial para um futebol mais inclusivo:
🏳️🌈 Emerson Ferretti – Liderança e Visibilidade no Futebol Brasileiro
O nome de Emerson Ferretti pode não ser o primeiro que vem à cabeça quando falamos de diversidade no futebol, mas sua trajetória no esporte e na gestão clubística é um marco na história recente. Ex-goleiro e ídolo do Esporte Clube Bahia, Ferretti acumulou passagens por Grêmio, Flamengo, Juventude e Atlético Mineiro antes de se consolidar no tricolor baiano, onde jogou de 2001 a 2005 e se tornou um dos principais arqueiros da história do clube.
Após pendurar as chuteiras, ele migrou para a gestão esportiva e presidiu o Ypiranga-BA, mostrando que sua visão estratégica ia além das quatro linhas. Em 2023, foi eleito presidente do Bahia para o triênio 2024-2026, vencendo uma disputa eleitoral acirrada e se tornando o primeiro dirigente assumidamente gay de um clube das quatro divisões do futebol brasileiro.
O impacto de sua eleição vai muito além dos bastidores do clube. No Brasil, onde o futebol ainda carrega traços conservadores e homofóbicos, ter um dirigente LGBTQIA+ à frente de uma instituição de grande porte como o Bahia é um divisor de águas na luta por inclusão no esporte. Sua gestão, além de trazer um olhar moderno para o futebol, é um exemplo de que competência e credibilidade não têm orientação sexual.
⚽ Moisés Spilere – O Primeiro Presidente Gay de um Clube Brasileiro
Em 2023, Moisés Spilere escreveu seu nome na história ao assumir a presidência do Caravaggio Futebol Clube, time da segunda divisão do Campeonato Catarinense. Ao tornar pública sua orientação sexual, ele se tornou o primeiro presidente assumidamente gay de um clube de futebol no Brasil.
Spilere sempre foi um nome forte na comunidade local e mostrou que a inclusão pode (e deve) fazer parte da gestão esportiva. Com uma administração voltada para a transparência e a modernização do clube, sua atuação vem desmistificando a ideia de que liderança no futebol precisa seguir um molde tradicionalista e excludente.
📢 Amal Fashanu – Honrando o Legado de Justin Fashanu
Amal Fashanu, sobrinha de Justin Fashanu (o primeiro jogador profissional a se assumir gay publicamente), tem sido uma das maiores vozes na luta contra a homofobia no futebol. Em 2019, ela fundou a Justin Fashanu Foundation, uma organização dedicada a combater a discriminação no esporte e promover o bem-estar mental de atletas LGBTQIA+.
A fundação tem sido uma força de transformação no futebol inglês, pressionando federações e clubes a adotarem políticas mais rígidas contra discriminação. Seu trabalho mostra que a mudança no futebol não acontece apenas dentro de campo, mas também nos bastidores, na mídia e nas decisões estratégicas do esporte.
🏳️⚧️ Lou Englefield – O Poder da Ativista nos Bastidores do Futebol
Lou Englefield é uma das principais ativistas pelos direitos LGBTQIA+ no esporte. Diretora da Pride Sports e da campanha Football v Homophobia (FvH), Englefield trabalha diretamente com clubes, federações e patrocinadores para promover inclusão e combater a homofobia no futebol europeu.
Seu trabalho tem ajudado a estabelecer diretrizes de diversidade dentro do esporte e pressionado entidades como a UEFA e a FIFA para que tornem a inclusão uma prioridade. Sob sua liderança, a Football v Homophobia se tornou uma das campanhas mais relevantes do mundo, mudando a cultura do futebol dos vestiários às arquibancadas.
👨⚖️ Igor Benevenuto – Quebrando Paradigmas na Arbitragem
Ser árbitro já é uma tarefa difícil por si só, mas ser um árbitro LGBTQIA+ assumido em um meio dominado por machismo e conservadorismo é um desafio ainda maior. Igor Benevenuto aceitou esse desafio e se tornou o primeiro árbitro FIFA a se assumir gay publicamente.
Ao falar abertamente sobre sua orientação sexual, Benevenuto expôs os preconceitos estruturais da arbitragem e do futebol profissional. Sua coragem não apenas abriu caminho para que outros árbitros possam viver suas verdades, mas também lançou luz sobre a necessidade de mudanças dentro das estruturas esportivas.
⚽ Mapi León – Representatividade no Futebol Feminino
Se no futebol masculino a representatividade LGBTQIA+ ainda avança a passos lentos, no feminino a visibilidade já é mais presente. Mapi León, zagueira do Barcelona e da seleção espanhola, é um dos maiores exemplos disso.
Mapi nunca escondeu sua orientação sexual e tem sido uma voz ativa na luta por um futebol mais inclusivo. Sua postura inspira novas gerações de jogadoras a entrarem em campo sem medo de serem quem são. Se dentro das quatro linhas ela é uma das melhores defensoras do mundo, fora delas é uma referência de coragem e autenticidade.
O Futebol Está Mudando, Mas a Luta Continua
Esses nomes são apenas os primeiros dribles na exclusão que historicamente marcou os bastidores do futebol. Cada um deles ajudou a empurrar a barreira do preconceito um pouco mais para trás e provou que competência, liderança e paixão pelo futebol não têm orientação sexual nem identidade de gênero.
O caminho ainda é longo, mas já existem jogadores, dirigentes, árbitros e ativistas que estão escrevendo uma nova história no esporte mais amado do mundo.
Se há algo que aprendemos com o futebol é que a vitória não acontece no primeiro tempo. O jogo continua, e a luta pela inclusão também. E pode ter certeza: o futuro do futebol será mais diverso, mais colorido e muito mais justo.
O Cartão Vermelho do Preconceito Ainda Está Valendo
Se o futebol fosse um campeonato de inclusão, ainda estaríamos longe da final. Mesmo com avanços notáveis, a presença de pessoas LGBTQIA+ nos bastidores do esporte ainda enfrenta uma marcação cerrada do preconceito. Clubes, federações e torcedores progridem aos poucos, mas ainda há muitas faltas não punidas quando o assunto é diversidade no poder.
A resistência vem de várias direções: dirigentes mais conservadores, medo da reação das torcidas e até a influência de patrocinadores que preferem evitar “polêmicas”. O futebol, que sempre foi um espaço de paixão, união e emoção, também carrega um histórico de exclusão estrutural. Mas o que exatamente impede que mais pessoas LGBTQIA+ assumam cargos de comando no esporte?
🏟️ “O Futebol Não Está Pronto Para Isso” – O Medo da Representatividade
A frase acima já foi dita inúmeras vezes em diferentes contextos. Muitos dirigentes, quando questionados sobre a falta de diversidade, dizem que a presença de pessoas LGBTQIA+ em posições de poder pode gerar “resistência” dos torcedores e afetar a imagem dos clubes. Mas a pergunta que precisa ser feita é: resistência de quem?
Pesquisas recentes indicam que o público jovem – grande parte da audiência do futebol – tem uma visão muito mais aberta sobre diversidade e inclusão. Em 2023, um estudo do Instituto Datafolha apontou que 76% dos brasileiros acreditam que o futebol precisa ser mais inclusivo. Então, se a maioria da torcida deseja um esporte mais diverso, quem realmente está segurando essa mudança?
💰 O Medo dos Patrocinadores – Mito ou Realidade?
Outro argumento frequentemente usado contra a inclusão de pessoas LGBTQIA+ nos cargos de poder do futebol é o receio de que patrocinadores e investidores se afastem. Mas essa narrativa não se sustenta mais. Grandes marcas globais já entenderam que a diversidade é um valor positivo e rentável.
Empresas como Adidas, Nike e Coca-Cola investem ativamente em campanhas de diversidade dentro do esporte. No futebol europeu, clubes como o Liverpool, Bayern de Munique e Arsenal realizam ações de inclusão todos os anos, contando com apoio de gigantes do mercado. No Brasil, o Corinthians e o Bahia já lançaram camisas e campanhas voltadas para a comunidade LGBTQIA+, com respaldo de seus patrocinadores.
Se há marcas que ainda resistem a essa mudança, o problema não está na inclusão – está nelas. O futebol é um fenômeno cultural e econômico gigantesco, e empresas que não se atualizam correm o risco de ficarem para trás.
🚨 O Preconceito Interno – Como o Futebol Ainda Sabota a Diversidade
Mesmo quando dirigentes LGBTQIA+ conseguem romper a barreira da invisibilidade, eles ainda enfrentam obstáculos dentro do próprio sistema. Aqui estão algumas das dificuldades que essas lideranças enfrentam nos bastidores:
Clubes com Estruturas Arcaicas
Muitos clubes de futebol ainda são comandados por conselhos formados majoritariamente por homens brancos, cisgêneros e heterossexuais, com pouca ou nenhuma diversidade. Quando uma figura LGBTQIA+ entra nesse ambiente, ela muitas vezes enfrenta resistência velada – seja pela desconfiança na sua capacidade de gestão ou pelo boicote silencioso a suas decisões.
Assédio Moral e Exclusão Disfarçada
Dirigentes LGBTQIA+ podem enfrentar comentários maldosos, insinuações e até questionamentos sobre sua “capacidade de liderança”. Se um dirigente LGBTQIA+ comete um erro, sua competência pode ser posta em dúvida por sua identidade, algo que raramente acontece com dirigentes heterossexuais.
Pressão para Se Enquadrar
Muitos profissionais LGBTQIA+ no futebol acabam evitando falar abertamente sobre sua identidade para evitar represálias ou desgaste. Isso cria um ambiente onde a diversidade até existe, mas segue invisibilizada.
🏳️🌈 E as Torcidas? Elas Apoiariam Dirigentes LGBTQIA+?
O medo da reação das torcidas é outro argumento usado para justificar a falta de inclusão nos bastidores do futebol. No entanto, as arquibancadas já mostraram que podem ser mais progressistas do que muitos dirigentes imaginam.
Torcidas organizadas como Galo Queer (Atlético-MG), Coligay (Grêmio) e LGBTricolor (São Paulo) vêm se consolidando como espaços de resistência e apoio à diversidade nos estádios. Além disso, clubes que adotaram iniciativas de inclusão – como o Corinthians, que lançou uma camisa especial com a bandeira LGBTQIA+ – receberam apoio massivo de seus torcedores.
A verdade é que a torcida pode até ter setores conservadores, mas a nova geração de fãs quer um futebol mais representativo e moderno.
O Futuro é Arco-Íris (Mas Precisa de Mais Jogadores)
O futebol já não é mais o mesmo de décadas atrás – e isso é ótimo. O esporte que sempre foi um reflexo da sociedade está, pouco a pouco, se tornando mais diverso e representativo. Mas se há algo que o futebol nos ensina é que não basta jogar bonito – é preciso converter as chances em gols. E quando falamos sobre representatividade LGBTQIA+ nos bastidores do esporte, ainda há muito jogo pela frente.
Se clubes e federações realmente querem um futebol mais inclusivo, precisam sair do discurso e partir para a ação. Não basta apenas comemorar quando um dirigente LGBTQIA+ ocupa um cargo de liderança – é necessário criar condições para que essa presença deixe de ser exceção e se torne regra.
Então, quais são os próximos passos para que o futebol abrace de vez a diversidade?
🏟️ De Torcedores a Dirigentes: Como Incentivar Mais LGBTQIA+ a Ocupar Esses Espaços?
Se há tão poucos profissionais LGBTQIA+ nos cargos de decisão do futebol, a questão não é falta de talento – é falta de acesso e incentivo. Muitos sequer cogitam uma carreira na gestão esportiva porque não enxergam representatividade nesses espaços.
A criação de programas de formação e incentivo para que mais LGBTQIA+ entrem na gestão do futebol é um passo fundamental para garantir que esse movimento não dependa apenas de pioneiros isolados. Alguns caminhos incluem:
✅ Programas de Mentoria e Formação – Clubes e federações podem criar iniciativas para capacitar profissionais LGBTQIA+ interessados na administração esportiva.
✅ Cotas e Incentivos para Diversidade – Assim como já acontece em outros setores, a implementação de políticas que incentivem a contratação de pessoas LGBTQIA+ na gestão esportiva pode ser um divisor de águas.
✅ Redes de Apoio – Associações de ex-atletas, torcidas organizadas inclusivas e ONGs podem auxiliar na conexão entre profissionais LGBTQIA+ e o mundo do futebol.
Se o futebol quer ser verdadeiramente para todos, precisa começar pelos bastidores.
📢 A Mídia Como Aliada (Ou Vilã) da Diversidade
O impacto da mídia esportiva na inclusão LGBTQIA+ é inegável. Quando bem trabalhada, pode dar visibilidade a profissionais diversos e normalizar a presença LGBTQIA+ no futebol. Mas, em muitos casos, a mídia tradicional ainda trata essas questões de forma sensacionalista, focando mais na orientação sexual do que na competência profissional de quem está no comando.
O futebol precisa de um jornalismo esportivo que veja a inclusão como um processo natural e não como um evento esporádico. Isso significa:
📌 Cobrir a trajetória profissional de dirigentes LGBTQIA+ com o mesmo rigor que qualquer outro executivo do futebol.
📌 Evitar a fetichização da diversidade – LGBTQIA+ no esporte não devem ser tratados apenas como “histórias inspiradoras”, mas como parte da estrutura do futebol.
📌 Cobrar entidades esportivas por políticas concretas de inclusão, em vez de apenas repercutir ações de marketing.
Enquanto a mídia tradicional ainda engatinha nesse aspecto, veículos alternativos como o PopGol seguem mostrando que é possível falar de diversidade sem reforçar estereótipos.
🏛️ As Entidades do Futebol Precisam Jogar a Favor da Diversidade
Clubes e federações precisam adotar políticas concretas e estruturais para garantir que a inclusão seja parte do DNA do futebol. Algumas medidas que poderiam acelerar essa mudança incluem:
⚽ Critérios de diversidade para cargos executivos – Grandes ligas e federações podem exigir que clubes implementem políticas de inclusão na sua gestão.
⚽ Punições severas para discriminação – O futebol já avançou na luta contra o racismo, mas ainda é permissivo com a homofobia e transfobia. Não basta campanhas – é preciso sanções reais para clubes e torcedores envolvidos em episódios de discriminaçãoDiversidade em campo – ….
⚽ Eventos e Simpósios de Inclusão – A CBF, a FIFA e outras entidades poderiam investir em eventos voltados para a capacitação e o networking de profissionais LGBTQIA+ no futebol.
Se o futebol quer continuar sendo um reflexo da sociedade, precisa refletir também suas mudanças.
🏳️🌈 O Papel dos Torcedores na Virada de Jogo
A pressão da torcida sempre foi uma força poderosa no futebol – e isso também vale para a inclusão. O crescimento de torcidas organizadas LGBTQIA+, como Coligay (Grêmio), LGBTricolor (São Paulo) e Galo Queer (Atlético-MG), mostra que há espaço para uma nova geração de torcedores que exigem um futebol mais inclusivo.
A mudança não pode ser apenas institucional – precisa vir também das arquibancadas e das redes sociais. Torcedores podem:
✔ Cobrar seus clubes para que adotem políticas de inclusão.
✔ Denunciar e se posicionar contra homofobia e transfobia nos estádios.
✔ Apoiar iniciativas de diversidade no esporte, seja nas arquibancadas ou nas redes sociais.
A arquibancada tem voz – e pode ser uma aliada poderosa na construção de um futebol verdadeiramente para todos.
🚀 O Futebol do Futuro: Quem Vai Fazer Parte Dessa Revolução?
A representatividade LGBTQIA+ na gestão esportiva não pode ser um fenômeno isolado. Se queremos um futebol mais diverso, a mudança precisa acontecer em todas as frentes – das diretorias aos campos, das torcidas às federações.
As próximas gerações de torcedores não querem um futebol que exclui – querem um futebol que abraça a diversidade. E os clubes que entenderem isso primeiro terão não só um impacto social positivo, mas também uma conexão mais forte com seus fãs e patrocinadores.
O futebol do futuro será inclusivo, ou ficará para trás.
A pergunta agora não é mais se o futebol pode mudar – é quem vai entrar em campo para fazer essa mudança acontecer. 🌈⚽🔥
Apito Final: Quem Manda Nesse Jogo Agora?
O futebol está mudando, mas a inclusão ainda não venceu o jogo. A presença de dirigentes, árbitros e profissionais LGBTQIA+ nos bastidores do esporte é um avanço, mas ainda representa uma minoria em um sistema que por décadas foi excludente. Para que essa mudança seja permanente, é preciso que a diversidade se torne parte estrutural do futebol, e não apenas uma exceção celebrada ocasionalmente.
A transformação já começou. Clubes progressistas, torcedores engajados e profissionais que desafiaram barreiras mostram que o futebol do futuro não pode ser um espaço de exclusão. No entanto, a resistência ainda é real. A pressão de setores conservadores, o receio dos patrocinadores e a falta de políticas concretas dentro das federações continuam sendo desafios a serem superados.
Se o futebol quer continuar sendo um reflexo da sociedade, precisa refletir também suas mudanças. O torcedor jovem, que representa grande parte da audiência global do esporte, quer um futebol que abrace a diversidade, que valorize talentos independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual e que esteja alinhado com os princípios de igualdade que já são predominantes em outros setores.
A mídia esportiva também tem um papel crucial nessa transformação. Ainda há um longo caminho para que a cobertura da diversidade no futebol seja tratada de forma natural, sem estereótipos ou sensacionalismo. Os veículos precisam normalizar a presença de profissionais LGBTQIA+ nos bastidores e cobrar clubes e federações para que implementem medidas concretas de inclusão.
O torcedor também faz parte dessa mudança. Apoiar clubes que promovem a diversidade, denunciar atitudes preconceituosas e valorizar competições e eventos que incentivam a inclusão são formas de pressionar o futebol a se tornar um espaço verdadeiramente para todos. Assim como uma nova tendência na música pop domina as paradas, a diversidade precisa se espalhar pelo futebol até se tornar a norma, e não uma exceção comemorada de tempos em tempos.
O futebol do futuro será inclusivo ou ficará para trás. Os clubes que entenderem isso sairão na frente, conquistando não apenas troféus, mas também uma nova geração de torcedores que querem um esporte mais justo e representativo. Aqui no PopGol, vamos continuar cobrindo, torcendo e celebrando cada vitória da diversidade no futebol. O jogo ainda está em andamento, mas a virada já começou.
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